10 de outubro é o dia Mundial da Saúde Mental e neste ano de 2022 o tema da campanha da Organização Mundial da Saúde é:
“Faça a saúde mental e o bem-estar de todos uma prioridade global”
É preciso cuidar da saúde mental e combater os preconceitos que acompanham quem desenvolve algum problema emocional e psicológico, além de diminuir o constrangimento social que impede a busca por tratamentos e dificulta o convívio social e agrava a situação.
O relatório da OMS, publicado em junho de 2022, avalia que a pandemia desencadeou uma crise global de saúde mental e de que apenas no primeiro ano da pandemia houve um aumento de 25% nos casos de ansiedade e depressão. Impactos levantados pela Unicef mostram que 56% dos adultos disseram que algum adolescente do domicílio apresentou um ou mais sintomas relacionados à saúde mental durante a pandemia como: mudanças repentinas de humor e irritabilidade; alteração no sono; diminuição do interesse em atividades, entre outros.
A arteterapia vem ganhando espaço cada vez maior na área da saúde e, sobretudo, no campo da saúde mental pois vêm colaborando para amenizar os efeitos negativos da doença mental já que oportuniza aos clientes a vivência de suas dificuldades, conflitos, medos e angústias de um modo menos sofrido, mostrando-se como um meio eficaz de canalizar de maneira positiva as variáveis do adoecimento mental, além de promover uma redução dos aspectos negativos de ordem afetiva e emocional que naturalmente surgem com as doenças mentais, como: angústia, estresse, medo, agressividade, isolamento social, apatia, entre outros.
A arteterapia através das vivências artísticas e reflexões na relação terapêutica, propicia ao cliente se apropriar de seus próprios conteúdos, conhecendo a si mesmo e se tornando assim um sujeito ativo do processo terapêutico, que geram mudanças nos campos afetivo, interpessoal e relacional, melhorando o equilíbrio emocional.
É central a promoção do bem-estar da pessoa com sofrimento psíquico, não tenha vergonha, procure ajuda! O agravamento do sofrimento e a ausência de apoio podem levar a pessoa adoecida à autodestruição e à ideação suicida.
- Se você é criança, procure um adulto de sua confiança e fale sobre seus sentimentos.
- Se você é adolescente, procure um amigo ou adulto de sua confiança, um professor, e fale sobre seus sentimentos.
- Se você é jovem, adulto, idoso e está sentindo algum tipo de sofrimento, procure um amigo para compartilhar seus sentimentos ou um médico, um psicólogo, um terapeuta.
- Se você for procurado por alguém em sofrimento, escute, acolha, sem julgamentos – todo sofrimento é sofrimento, cada um tem uma régua que mede o quanto aquilo dói, não meça pela sua. Se não souber o que fazer, apenas diga: estou com você e vou te apoiar, vamos encontrar ajuda juntos!
- Se você é responsável por uma criança, adolescente ou jovem e percebe que ele está em sofrimento e evita o assunto, ofereça apoio, se ofereça para acompanhá-lo ao posto de saúde, a procurar uma ajuda terapêutica, um médico ou psicólogo.
Você pode procurar sobre a oferta das práticas integrativas no sistema de saúde seu município, disponibilizadas pelo SUS.
Clique aqui para saber mais sobre as práticas integrativas do SUS.
Se você é adulto e lida com crianças e adolescentes, pode fazer cursos gratuitos de acolhimento e prevenção ao suicídio e automutilação, inclusive com material didático. Eu já fiz e posso indicar. Clique aqui para saber mais sobre os cursos.
Além do ateliê, atuo como arteterapeuta na ONG Espaço Ser CMC onde são oferecidas práticas integrativas complementares para pessoas que estejam sofrendo de qualquer transtorno psicológico ou síndrome com sintomas autodestrutivos ou ideação suicida e já possuam acompanhamento psiquiátrico/psicológico. Para saber mais acesse: https://www.espacoser.org.br/site/